A educação segue evoluindo em um ritmo rápido e constante, ultrapassando as expectativas criadas anos atrás sobre as diferentes possibilidades que o ensino poderia apresentar. É importante entender quais ferramentas estão sendo criadas para motivar essa evolução e preparar educadores para os desafios que deverão enfrentar na escola do futuro.

Escolas de todo o mundo já começaram a se preparar para as mudanças de paradigmas que já são reconhecidos em várias ações que estão em andamento em instituições de ensino. Reunimos cinco pontos que devem ser bastante abordados nos próximos anos e como eles devem afetar a maneira como os estudantes e educadores encaram a sala de aula.

Responsabilidade digital

O uso da tecnologia por pessoas cada vez mais jovens gera preocupação por parte de seus responsáveis. Segundo pesquisas, quase um terço dos usuários da internet atualmente são jovens com menos de 18 anos, muitos que não têm conhecimento para evitar serem alvos de golpes e outros problemas digitais. 

Por conta disso, responsáveis e educadores têm um desejo comum de ajudar os estudantes a desenvolver um relacionamento mais saudável e responsável com a tecnologia como um todo, algo que já faz parte de forma bastante presente em suas vidas. De acordo com uma pesquisa da PhD Ellen Middaugh, da Universidade do Estado de San José, nos Estados Unidos, a inclusão de segurança online no currículo escolar é fundamental para que jovens de ensino fundamental possam ser educados a se tornar usuários mais responsáveis e seguros da tecnologia.

Pensamento computacional

Introduzir cada vez mais alunos no mundo da computação é de extrema importância e muitos educadores já utilizam dessa oportunidade para buscar desenvolver nos alunos a capacidade de resolução de problemas usando as competências digitais do pensamento computacional.

Instituições internacionais como a ISA (Innovation and Science Australia) já apontam que 92% dos empregos do futuro exigirão habilidades no âmbito digital, enquanto 45% dessas funções precisarão de pessoas que saibam trabalhar com facilidade com sistemas digitais e outras tecnologias. 

Esse tipo de aprendizado cada vez mais deixa de ser um privilégio e passa a ser um direito de todos os estudantes, restando às escolas a desenvolver e utilizar um conjunto de ferramentas relacionadas a habilidades técnicas na sala de aula, como a resolução de problemas e codificação.

Salas de aula colaborativas

O ambiente de ensino deve ser estimulante aos estudantes para que o seu aproveitamento das matérias seja maior, fomentando o seu desempenho acadêmico, além de sua estatura como cidadãos. A adoção de salas abertas à flexibilidade e colaboração influenciam diretamente em como os alunos recebem as informações dos educadores.

O uso de tecnologia para a criação dessas salas, com equipamentos que auxiliam e dão liberdade a educadores e estudantes para abordar os conhecimentos, aliada com com elementos como iluminação e até acústica do ambiente, são imprescindíveis para um bom aproveitamento.

Maior conexão entre responsáveis e escola do futuro

A comunicação entre responsáveis e educadores pode ser um desafio para muitos devido a problemas de logística, com pais e responsáveis indisponíveis devido a compromissos profissionais, mas o uso da tecnologia pode aproximar mais esses dois lados em prol do desenvolvimento dos estudantes.

O uso de programas específicos para instituições de ensino, em que informações específicas sobre alunos possam ser compartilhadas com seus responsáveis em tempo real devem se tornar cada vez mais comuns. Versões desses apps podem ser utilizadas pelos pais de alunos, que poderão conversar diretamente com os educadores e acompanhar o desempenho dos estudantes, auxiliando assim no seu aprendizado.

Novas tecnologias

Avanços tecnológicos como realidade virtual, realidade aumentada e inteligência artificial cada vez mais se tornam comuns na nossa presente realidade, mas a sua utilização em escolas ainda está em seu estágio inicial. Isso deve mudar nos próximos anos, com educadores incorporando essas inovações na escola do futuro, criando métodos de ensino mais atraente para os estudantes.

Em algumas escolas do mundo, o uso de realidade aumentada já faz parte dos planos de ensino, enquanto no Japão, o ministério de educação começou a testar inteligência artificial na língua inglesa em um número ainda limitado de salas para auxiliar no ensino oral e escrito de seus alunos.

Segundo uma pesquisa da Global Market Insights, a projeção do mercado de inteligência artificial para educação deve ultrapassar a marca de US$ 80 bilhões até 2030, mostrando que essa pode ser uma tecnologia que terá bastante destaque nos próximos anos, auxiliando cada vez mais educadores nas salas de aula da escola do futuro.